Irã - 18 de fevereiro de 2025
Fome, repressão, carestia de vida... as massas se levantam
Estudantes da Universidade de Teerã são a vanguarda na luta contra o regime
Fora a ditadura da teocracia assassina!
Devemos colocar em pé os comitês de trabalhadores, estudantes e sindicatos independentes para conquistar
a Greve Geral até que o regime caia
Neste ano, no Irã estão travando várias lutas os trabalhadores que saíram para exigir, com greves e protestos, suas justas reivindicações como os operários do petróleo, do gás, do transporte, do metrô, da saúde, os têxteis etc. Encorajados pelo ar fresco da queda de Al Assad na Síria, nas mãos das massas em sua segunda revolução, também no início do mês a partir da cidade de Dehdasht os explorados saíram em protestos sucessivos, contra o regime ao grito de: “Khamenei, olhe para Assad! O seu dia está chegando! Morte o ditador! Este ano é o ano do sangue, Khamenei será derrubado!”
Além disso, houve confrontos nas ruas, e queima de instalações dos para-policiais Basij. Eles também estão chamando outras cidades para se juntar às manifestações.
É que as massas exploradas e os trabalhadores não suportam mais a crise econômica que lhes jogou sobre suas costas a ditadura teocrática, com uma brutal inflação nos alimentos, com enormes setores do povo pobre à beira da fome, os salários de miséria que cobrem apenas 37% das despesas e a isso se somam os cortes de eletricidade e gás no meio do inverno.
Enquanto isso, o regime que vê o chão tremer sob seus pés, enfraquecido pela queda de seu parceiro no massacre da Síria, responde aumentando as execuções contra os presos políticos do regime assassino e infame e redobrando a repressão.
Chega de execuções contra os lutadores! Liberdade imediata para todos os presos políticos!
Os estudantes de Teerã são a faísca que pode incendiar a pradaria contra o regime assassino
Desde o passado 14/02 os jovens universitários saíram ao combate produto do assassinato do estudante Amir Mohammad Khaleghi de 19 anos, o mesmo morreu resultado de uma facada que recebeu, por um provável assalto, nos arredores da universidade, situação que dá conta da deterioração social que a ditadura impôs.
Isso somado a que esta ditadura assassina impõe um regime de terror dentro da universidade e envia a “segurança” e agentes policiais civis ante qualquer tipo de protesto que se realize no estabelecimento. Cansados disso, os estudantes estão protagonizando uma revolta, que começa a se espalhar para outros campus universitários. A resposta do regime tem sido cercar a universidade com a polícia assassina, que até bateu brutalmente em estudantes, mas isso não foi impedimento para atos políticos, assembleias e marchas dentro da universidade. Os slogans de combate dos alunos são:
“Não deixemos que o sangue de Amir seja pisoteado". "Falta um de nós, quem responderá?". "O sangue derramado não pode ser lavado por nada". "Um estudante morre, mas não aceita a humilhação". "Os estudantes estão acordados, desprezam a tirania”.
Além disso, os alunos chamam toda a população da capital para apoiá-los e não os deixar sozinhos nesta luta. Esse é o caminho a seguir! Há que soldar a unidade das massas empobrecidas nas ruas do Irã contra o regime assassino!
Chega de reprimir, aprisionar e executar os lutadores operários e populares! Para libertar todos os presos políticos é preciso derrubar as portas das prisões como em Saydnaya na Síria!
Temos que desarmar a guarda contrarrevolucionária iraniana e todas as forças repressivas!
Temos que colocar em pé os comitês de fábrica, as assembleias em cada local de trabalho e estudo para centralizar o poder dos de baixo para preparar e organizar a ...
Greve geral revolucionária até acabar com a ditadura assassina dos aiatolás!
Temos que demolir este regime infame! Somente sobre seus escombros poderá se levantar uma assembleia nacional iraniana livre e democrática, com um representante a cada 100.000, removível em qualquer momento por seus eleitores, que ganhem o salário de um operário médio para romper com o imperialismo e todos os pactos e recuperar a terra para que o povo coma.
Pela autodeterminação das nacionalidades oprimidas!
Que voltem os “shoras”, os conselhos de operários e soldados armados como na revolução de 1979!
Esta ditadura se enriqueceu, como sócia menor das petroleiras imperialistas, espremendo e saqueando o petróleo e o gás, enquanto esfomeia o povo e deixa em ruínas e à beira do colapso toda a nação.
Para que o povo tenha pão, trabalho e liberdade...
Nacionalização sem pagamento e sob administração operária direta de todas as petroleiras imperialistas, do campo de gás de South Pars, das petroquímicas, e das alimentícias! Lá estão os recursos para alimentos, moradia, saúde, salários e trabalho digno e tudo o que a classe trabalhadora e o camponês pobre precisam!
Expropriação de todas as contas e propriedades dos clérigos milionários para não continuar vivendo como mendigos enquanto eles vivem como reis!
Isso só pode ser garantido por um governo provisório revolucionário operário e camponês, que rompa com todas as frações burguesas, aliado às massas da região.
A segunda revolução síria e a resistência das massas palestinas, os melhores aliados dos explorados do Irã
Se hoje os estudantes universitários saíram à luta, os explorados da cidade de Dehdasht, os trabalhadores do petróleo e de dezenas de setores saem para reivindicar suas justas demandas é pela força que deu aos trabalhadores o início da segunda revolução na Síria que derrubou o cão Bashar e de onde a Guarda Iraniana, massacradora do povo sírio, teve que fugir como um rato. Enquanto a resistência palestina de Gaza, mil vezes cercada pelo regime dos aiatolás, não pôde ser derrotada pelo ocupante sionista, a covarde teocracia prometia uma "guerra total" e só lançou alguns mísseis com aviso prévio, acordou com o imperialismo um plano de “não-proliferação nuclear e paz no Oriente Médio” e foi assassinado em Teerã o presidente do Hamas diante do qual eles não deram explicação nenhuma. Eles são “corajosos” para reprimir e matar de fome o povo e covardes diante do sionismo e do imperialismo, a quem já prestaram valiosos serviços.
Hoje Trump vem pelo petróleo e o gás, para isso o sionismo, seu gendarme na região recuperou poder de fogo.
A classe trabalhadora tem que recuperar seu poder de fogo em toda a região contra um mesmo inimigo, é aí que se definirá o destino dos explorados do Irã. Abaixo os pactos contrarrevolucionários das burguesias do Oriente Médio com o sionismo e os ianques que cercam as massas palestinas! Todas as petroleiras imperialistas devem ser expropriadas sem pagamento em uma única luta contra o sionismo, o imperialismo e os governos lacaios.
Que se abram todas as frentes contra o sionismo no Oriente Médio! Palestina livre do rio a o mar! |